terça-feira, abril 05, 2005

Impressões

Na vida, aprendi a aprender errando. Tenho só 25 anos, mas já quis morrer muitas e muitas vezes. “Como pode, uma menina de tudo, perder o sentido?” – muitos sempre se perguntavam. Mas eu tentei insistententemente isso, direta ou indiretamente, em várias situações. Neste mundo como está, o que não falta são caminhos de morte. Sempre fui muito sensível e quase não possuia sentidos de auto-preservação. Minha alma gritava internamente, em silêncio, enquanto meu sorriso mostrava ares confiantes. Mas um dia fui tocada pela Graça e dela nem consigo mais sair. Encontrei meu caminho de paz e de vida. Mas foi ao me perder totalmente, sem rumo, que aprendi algumas coisinhas. Primeiramente, aprendi que ainda sou um baby - não entendo tudo e não preciso me levar tão a sério. Aprendi a me enxerf=gar e ver o quanto sou um verme em minha natureza, o quanto posso manipular e inclusive usar minha sensibilidade como um charme de destruição. Mas aí aprendi que Cristo é o caminho para a vida - não apenas a eterna, mas também a da plenitude neste momento do existir.
Aprendi que ele me perdoa e tansforma - que só d´Ele provem alguma bondade através de mim. Aprendi, ainda, que trabalhar não necessariamente deve significar ganhar muito dinheiro, prêmios e status. Aprendi que amigos a gente conquista mostrando quem somos e como sentimos, e que os verdadeiros sempre ficam com você até o fim. Aprendi que a maldade mais cruel pode se esconder atrás de uma bela e irresistível face. Aprendi que o amor não deve ser procurado, mas que ele apenas se desperta quando verdadeiramente acontece. Aprendi que a Natureza é a coisa mais bela na vida - que seu poder terapêutico não pode ser negado e nem desprezado. Aprendi que religiosidade nenhuma pode fazer com que Deus me ame mais ou menos. Aprendi que um só dia pode ser mais importante que muitos anos. Aprendi que se pode viajar além do tempo, mesmo sem nem sair do lugar. Aprendi que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde física, além de alentar a alma. Aprendi que o meu carinho não pode ser comprado, por isso o dou sempre incondicionalmente. Aprendi que sonhar é preciso -assim, navegando, como diz o poeta. Aprendi que sonhos preciam ser buscados com ações, coragem, garra e luta. Aprendi que nosso ser é livre para se descobrir no chão da vida, entre erros e acertos. Aprendi que Deus não proíbe nada que seja verdadeiramente amor, mas que muitas vezes nosso coração pode ser mesmo muito enganoso. Aprendi que uma mulher como eu anseia mesmo é pertercer à alma de um único homem, e por isso espero, sem neuras, que este surja. Aprendi a aceitar o curso do incompreensível, entendendo que mesmo o “trágico” sempre há de cooperar de alguma forma para o meu bem. Aprendi a não julgar ninguém, seja qual for sua situação debaixo do sol. Mas, definitivamente, aprendi que não é morrendo que se aprende a viver. Por isso, é ainda com a sensibilidade à flor da pele que me decido pela Vida.
Na Verdade, pelo Caminho...