ver.sos a.vul.sos sm. adj.
1.Partes isoladas que em linhas formam uma composição poética;
2.Vida reescrita na singularidade de cada dia, arrancada aos versos.
terça-feira, outubro 31, 2006
Acordar *
5h30 de Domingo, dizia a manhã estática. "Não é a hora certa para se levantar da cama num dia como esse, que se pode dormir mais", pensaria qualquer alguém sensato. Porém, este era o dia da hora se fazer louca; o dia em que conseguir é o verbo a se conjugar, seguido no segundo do entendimento de que a vida pede muito pouco pra se fazer feliz. (...) Ela saiu do leito e andou como quem acorda de um pesadelo eterno demais para ser levado a sério àquelas horas da madrugada. Não se sentia assim, mas a promessa afirmava: ela estava curada da doença que a tornava paralisada por tantos pesadelos. Pesadelos do amor partido, da pureza roubada, do sonho impossível; tristezas do vício de não saber amar. Levantou e andou...e era um dia de Domingo. O dia da criação, o dia da redenção. O primeiro e único dia chamado Hoje, quando conseguir se tornou um estilo novo de se viver. Conseguir, seguir com fé, apenas ir.
O Amor é um causo que me contaram certa vez pelas estradas da vida. Nele, a história que se declama revela a crônica da moça apimentada que partía apressada todos os dias, ainda ao amanhecer, sempre a carregar na bolsa seu cântaro para matar a sede durante as muitas quilometragens que queria ainda percorrer. Tinha na fuga a sua trilha, e por ela saltava os mais altos obstáculos, dançava por entre os contos e ludibriava os encontros como qualquer exímio exemplar de sua espécie caída. Ela era a marca de sua geração: desejo, sonho e ilusão. Milhas e milhagens percorria para chegar bem longe de se encontrar, pois a sorte sempre era o seu altar. E nessa brincadeira de não ser, dando volta-e-meia com o muito querer, inevitavelmente acabou entrando na direção de uma rua sem saída. Era a rua provável da dor, desilusão e ferida. - “Sem saída”, representavam em relevo os sinais gravados à tinta carmim na placa quase caída em mais uma esquina da vida. Lágrimas corriam por entre suspiros, mas mal sabia a menina que na impossibilidade fugida estaria o confronto com o que de fato procurava: o Amor do viajante da estrada. E Ele a olhou no profundo dos olhos, cegando as dúvidas de que ali não estaria o que ela sem buscar, buscava. Revelou em espelho todos os seus sonhos, medos, intenções e tamanhos. Tirou a sandalha plataforma e ofereceu um chinelo de dedo. Coloriu o céu cinza eterno com as cores reais de cada manhã. Ofereceu água para toda a eternidade. Pintou as vestes surradas com o vermelho do perdão. A amou ao infinito, enfim. E de mãos dadas seguiram, ao que a estrada em toque de mágica ia se tornando um caminho, o único Caminho. E este era apenas o início de uma crônica novinha em folha, ponto de largada para uma história sem fim... E foi Ele, o Amor em Pessoa, quem me contou esse causo. Um conto que me revela em palavras, tanto quanto pode revelar a qualquer outro alguém que se deixe ser escrito não com tinta, mas com o Vento, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne do coração. A cada dia que refaz cada história.
Dias atrás tivemos uma linda e maravilhosa surpresa em minha família!Minha cunhadinha Cassi saía pro trabalho ainda cedo, quando a bolsa se rompeu: era meu sobrinho Victor anunciado sua chegada no nosso meio. Surpeendeu a mamãe que tinha uma reunão importante de trabalho. Surpreendeu o papai que tinha um treinamento agendado pra de tarde. Surpreendeu os avós que tiveram que voltar correndo de viagem. Surpreendeu a todos nós com sua ousadia de querer viver a vida, pois quis o rapazinho nascer 3 semanas antes do previsto por todos! Só não surpreendeu ao nosso Deus, que de sua onisciência plena e total, já planejava com carinho que o dia 24/08/2006 seria um dia especial e único pra todos nós!! O Victor lutou um pouquinho no parto, mas na Graça já se encontra agora muito bem e fortinho, lindo como ninguém já visto e muito amado e desejado por todos. Nasceu com 2,95kg e 48,5cm. Já está na casa com dos pais, é só chegar lá e visitar!