segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Que chato!

Que coisa mais sem graça o Oscar deste ano, hein?! Só não dormi porque estava com total falta de sono mesmo! Nos discursos, nada dos tradicionais momentos comoventes, politizados ou engraçados. Muito sem graça!
Aliás, os vencedores como melhores atores disputaram acirradamente o título de pior discurso da noite. A super talentosa Hilary Swank, além de usar um vestido tenebroso, fez um discurso muito chato. E o tal do Jamie Foxx, que levou o Oscar pelo Ray, fez um lindo agradecimento especial à sua avó que, segundo ele, o criou todas as noites, através de sonhos. E eu acordada ouvindo isso!!!
Antonio Bandeiras bem que tentou estragar a música linda do Jorge Drexler, mas o uruguaiano soube responder à altura no seu discurso de agradecimento ao cantar a canção como ela deve ser cantada. Deve ter sido o melhor momento da noite, seilá!
Os vestidos na festa do Oscar são sempre a melhor distração pra nós mulheres. Este ano, Drew Barrymore e Laura Linney(que concorreu como melhor atriz) estavam lindíssimas, mas eu ainda preferi a elegância de Cate Blanchett. Que mulher mais deslumbrante! A Gisele Bündchen estava bonita, mas nada de muito especial!
Agora o Robin Williams mostrou mais uma vez como é que um homem não deve se vestir...ninguém merece aquela camisa pink! Dos homens, só o Clive Owen me chamou a atenção pelo charme. Lindo, não?
E o Chris Rock como apresentador, hein? Deu até pena!

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Nasceu!

O Nathan, filhinho dos meus amigos Márcio e Márcia, acabou de nascer!!!
Faz menos de 3 horas, no hospital Santa Cruz!
Que lindo, não? tchutchuquinho deve ser esse menino!
Já estou doida para visitá-lo amanhã...

domingo, fevereiro 20, 2005

O MUNDO GRANDE

Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo,por isso me grito,
por isso freqüento os jornais,
me exponho cruamente nas livrarias: preciso de todos.

Sim, meu coração é muito pequeno.
Só agora vejo que nele não cabem os homens.
Os homens estão cá fora, estão na rua.
A rua é enorme.
Maior, muito maior do que eu esperava.
Mas também a rua não cabe todos os homens.
A rua é menor que o mundo.
O mundo é grande.
Tu sabes como é grande o mundo.

Conheces os navios que levam petróleo e livros,
carne e algodão.
Viste as diferentes cores dos homens,
as diferentes dores dos homens,
sabes como é difícil sofrer tudo isso,
amontoar tudo isso num só peito de homem...sem que ele estale.

Fecha os olhos e esquece.
Escuta a água nos vidros,tão calma.
Não anuncia nada.
Entretanto escorre nas mãos,tão calma!
Vai inundando tudo...

Renascerão as cidades submersas?
Os homens submersos-voltarão?
Meu coração não sabe.
Estúpido, ridículo e frágil é meu coração.
Só agora descubrocomo é triste ignorar certas coisas.
(Na solidão de indivíduodes
aprendi a linguagem
com que homens se comunicam).

Outrora escutei os anjos,
as sonatas, os poemas, as confissões patéticas.
Nunca escutei voz de gente.
Em verdade sou muito pobre.

Outrora viajei
países imaginários, fáceis de habitar,
ilhas sem problemas, não obstante
exaustivas e convocando ao suicídio.

Meus amigos foram às ilhas.
Ilhas perdem o homem.
Entretanto alguns se salvaram e
trouxeram a notícia
que o mundo, o grande mundo está
crescendo todos os dias,
entre o fogo e o amor.

Então, meu coração também pode crescer.
Entre o amor e o fogo,
entre a vida e o fogo,
meu coração cresce dez metros e explode.
-ó, vida futura! Nós te criaremos!!!!

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Junto à fonte

" E quando o Senhor entendeu que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João (ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos), deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia. E era-lhe necessário passar por Samaria. Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta. Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: dá-me de beber. Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos). Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado? Jesus respondeu, e disse-lhe: qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna".
Esse é o meu Jesus. Meu Deus, meu Salvador, meu Príncipe da Paz, a quem eu procuro seguir. Minha água viva! Não tenho mais nada além dEle. Nada. Nem as minhas dores, nem os meus fugazes prazeres, nem as minhas maiores esperanças, nem a minha ínfima fé. Sua graça me basta para que eu viva, Ele é a própria água que me tira do Saara. Eu sou esta mulher samaritana. Sou eu quem estou no poço de Jacó. Não tenho marido, e todos os que eu tive realmente não foram meus maridos - mas braços, bocas, pernas, sexos, e as palavras... Palavras? Palavras acompanharam o caminho do vento. Restou pouca coisa de suas promessas de "amor eterno" e "fidelidade". Infelizmente, esta é a realidade da samaritana, e a realidade de qualquer um que não tem o conhecimento de que Ele é o Messias. "A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo". Mais nada. Nem uma palavra. Nem um titubear de pensamentos. Nenhuma seta maligna. "Eu O sou, eu que falo contigo". A água estava dizendo a que veio. E eu recebo essa água, viva e pura, abundante e eterna. Minha luta não é fácil, mas tenho a água viva. "QUE ME PODE FAZER O HOMEM???" Joguei fora o meu cântaro. Jesus está aqui, sentado comigo junto à fonte. Ele me fala dos meus pecados, mas perdoa a cada um deles. E, assim, vou à cidade e anuncio a tantos quantos posso que Ele é o Cristo. E os rios de Sua própria água viva fluirão do meu ventre. Esta é a promessa para todos que têm sede. E eu tenho, Mestre.
texto copiado do blog da vivi

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

UM CONVITE À DOCE REVOLUÇÃO

Por favor, não deixem de ler.

O REINO É SIMPLES
Artigo 1 - Fica decretado que agora não há mais nenhuma condenação para quem está em Jesus, pois, o Espírito da Vida em Cristo, livra o homem de toda culpa para sempre.

Artigo 2 - Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive os Sábados e Domingos, carregam consigo o amanhecer do Dia Chamado Hoje, por isso qualquer homem terá sempre mais valor que as obrigações de qualquer religião.
Artigo 3 - Fica decretado que a partir deste momento haverá videiras, e que seus vinhos podem ser bebidos; olivais, e que com seus azeites todos podem ser ungidos; mangueiras e mangas de todos os tipos, e que com elas todo homem pode se lambuzar.Parágrafo do Momento: Todas as flores serão de esperança; pois que todas as cores, inclusive o preto, serão cores de esperança ante o olhar de quem souber apreciar. Nenhuma cor simbolizará mais o bem ou o mal, mas apenas seu próprio tom, pois, o que daí passar estará sempre no olhar de quem vê.
Artigo 4 - Fica decretado que o homem não julgará mais o homem, e que cada um respeitará seu próximo como o Rio Negro respeita suas diferenças com o Solimões, visto que com ele se encontra para correrem juntos o mesmo curso até o encontro com o Mar. Parágrafo que nada pára:O homem dará liberdade ao homem assim como a águia dá liberdade para seu filhote voar.
Artigo 5 - Fica decretado que os homens estão livres e que nunca mais nenhum homem será diferente de outro homem por causa de qualquer Causa. Todas as mordaças serão transformadas em ataduras para que sejam curadas as feridas provocadas pela tirania do silencio. A alegria do homem será o prazer de ser quem é para Aquele que o fez, e para todo aquele que encontre em seu caminhar.
Artigo 6 - Fica ordenado, por mais tempo que o tempo possa medir, que todos os povos da Terra serão um só povo, e que todos trarão as oferendas da Gratidão para a Praça da Nova Jerusalém.
Artigo 7 – Pelas virtudes da Cruz fica estabelecido que mesmo o mais injusto dos homens que se arrependa de seus maus caminhos, terá acesso à Arvore da Vida, por suas folhas será curado, e dela se alimentará por toda a eternidade.
Artigo 8 – Está decretado que pela força da Ressurreição nunca mais nenhum homem apresentará a Deus a culpa de outro homem, rogando com ódio as bênçãos da maldição. Pois todo escrito de dívidas que havia contra o homem foi rasgado, e assustados para sempre ficaram os acusadores da maldade. Parágrafo único:Cada um aprenderá a cuidar em paz de seu próprio coração.
Artigo 9 – Fica permanentemente esclarecido, com a Luz do Sol da Justiça, que somente Deus sabe o que se passa na alma de um homem. Portanto, cada consciência saiba de si mesma diante de Deus, pois para sempre todas as coisas são lícitas, e a sabedoria será sempre saber o que convém.
Artigo 10 – Fica avisado ao mundo que os únicos trajes que vestem bem o homem diante de Deus não são feitos com pano, mas com Sangue; e que os que se vestem com as Roupas do Sangue estão cobertos mesmo quando andam nus.Parágrafo certo:A única nudez que será castigada será a da presunção daquele que se pensa por si mesmo vestido.
Artigo 11 - Fica para sempre discernido como verdade que nada é belo sem amor, e que o olhar de quem não ama jamais enxergará qualquer beleza em nenhum lugar, nem mesmo no Paraíso ou no fundo do Mar.
Artigo 12 – Está permanentemente decretado o convívio entre todos os seres, por isso, nada é feio, nem mesmo fazer amizades com gorilas ou chamar de minha amiga a sucuri dos igapós. Até a “comigo ninguém pode” está liberta para ser somente a bela planta que é.Parágrafo da vida:Uma única coisa está para sempre proibida: tentar ser quem não se é.
Artigo 13 - Fica ordenado que nunca mais se oferecerá nenhuma Graça em troca de nada, e que o dinheiro perderá qualquer importância nos cultos do homem. Os gasofilácios se transformarão em baús de boas recordações; e todo dinheiro em circulação será passado com tanta leveza e bondade que a mão esquerda não ficará sabendo o que a direita fez com ele.
Artigo 14 – Fica estabelecido que todo aquele que mentir em nome de Deus vomitará suas próprias mentiras, e delas se alimentará como o camelo, até que decida apenas glorificar a Deus com a verdade do coração.
Artigo 15 – Nunca mais ninguém usará a frase “Deus pensa”, pois, de uma vez e para sempre, está estabelecido que o homem não sabe o que Deus pensa.
Artigo 16- Estabelecido está que a Palavra de Deus não pode ser nem comprada e nem vendida, pois cada um aprenderá que a Palavra é livre como o Vento e poderosa como o Mar.
Artigo 17 – Permite-se para sempre que onde quer que dois ou três invoquem o Nome em harmonia, nesse lugar nasça uma Catedral, mesmo que esteja coberta pelas folhas de um bananal.
Artigo 18 - Fica proibido o uso do Nome de Jesus por qualquer homem que o faça para exercer poder sobre seu próximo; e que melhor que a insinceridade é o silencio. Daqui para frente nenhum homem dirá “o Senhor me falou para dizer isto a ti”, pois, Deus mesmo falará à consciência de cada um. Todos os homens e mulheres que crêem serão iguais, e ninguém jamais demandará do próximo submissão, mas apenas reconhecerá o seu direito de livremente ser e amar.
Artigo 19 – Fica permitido o delírio dos profetas e todas as utopias estão agora instituídas como a mais pura realidade.
Artigo 20 - Amém!
Caio e tantos quantos creiam que uma revolução não precisa ser sem poesia. "

segunda-feira, fevereiro 14, 2005


If you believe in love at first sight, you never stop looking.

Happy Valentine’s Day! É hoje!

Diferente do Dia dos Namorados, no Brasil, Valentine’s Day, nos EUA, significa o dia não só para namorados, como também para a confraternização entre qualquer um, seja através de cartões postais, flores e cantadas.
Resumidamente, seria uma data criada pra tentar ajudar os seres humanos a desenvolverem melhor sua vida social, seja na parte da amizade, ou no romance mesmo - servindo como uma mãozinha aos tímidos que não conseguem se declarar nos demais dias do ano.
Diante desta data em que o amor contemporâneo é discutido e transmitido, inevitavelmente acabei me recordando do filme Closer, lançado há pouco menos de um mês aqui no Brasil. Não tentarei tecer comentários sobre a qualidade técnica da película; ou a fantástica, surpreendente e emocionante interpretação do elenco. Definitivamente, não tenho neste momento nenhuma pretensão desta espécie. Também não quero me alongar a descrever a história, portanto, se você não assistiu o filme e quer entender o que estou escrevendo, entre neste site de cinema.
"Closer é um filme terrivelmente cruel, real, e que revela a hipocrisia dos relacionamentos modernos sem pregar soluções, mas indicando onde a sociedade deslumbrada pelas belezas do sexo enfurnou a conexão espiritual com outro ser humano: atrás das caixas de papelão de um sótão empoeirado". É impossível você não se enxergar de alguma forma nesse filme, pois Closer se alimenta peculiarmente de nossas angústias, neuroses e babaquices conjugais.
Felizmente eu ainda consigo acreditar que as coisas não precisem ser sempre assim. Aliás, fica muito mais fácil de fazer acontecer o verdadeiro quando percebemos que só é errado porque nós, esses eternos idiotas e impressionáveis, deixamos que seja assim.
O que mais vemos hoje em dia é um monte de mulheres bonitas e bem-sucedidas, vivendo cheias de glamour e solitárias; saindo com homens que encontram na internet; entrando em listas e sites especializados em encontros; oferecendo o curriculum profissional como parte do encanto; e desejando encontrar um cara que seja um "parceiro de potenciais". E dentro deste universo medíocre, as tentações para a diluição de nossas almas são grandes, mas não são maiores que o seu próprio poder de dizer "não é assim comigo".
Pra mim, o amor é simplesmente o desejo de ser, pertencer, se dar, de olhar nos olhos, receber, cuidar, proteger, desejar, respeitar, aceitar e querer. Eu, pessoalmente, tenho tentado seguir meu caminho numa boa; e se aparece alguém sério, maduro, que dá valor a mim, e desperta aquilo que todo coração de mulher deseja, não vou fujir mais... me darei uma chance de descobrir se pode ser!

A nossa função neste mundo não é de ter muita certeza de como as coisas vão acabar acontecendo, portanto, dou um “chega pra lá” na covardia e me mostro aberta, porém não disponível! Acontece que não depende só de mim, mas que a outra pessoa também assuma uma atitude de coragem frente ao amanhã. E aí, vêm o mistério...
Enfim, pra terminar esta reflexão sobre o amor, reproduzo fielmente aqui um texto sobre relacionamento afetivo que o fantástico e iluiminado Caio Fábio escreveu.
Tenham todos um feliz e reflexivo Valentine’s Day!

“ Encontro-humano-conjugal implica em algumas coisas essenciais:
1. Atração física: sem ela, só no tempo da delicadeza; e olhe lá...

2. Atração psicológica: que implica em admiração e confiança. Tem que haver charme e respeito. Sem esse “poder” não vai!
3. Atração e afinidade espiritual: nesse caso, se “ele” for um cristão, será infinitamente melhor, se for gente boa de Deus. Mas se for apenas evangélico, tome cuidado. Doença de evangélico que se casa apenas por causa de falta de opção e por causa apenas “do tal do jugo desigual”, promove o mais desigual de todos os jugos: o jugo de se viver com quem não se ama, apenas porque o irmão-zinho é bom-zinho. Aí, é melhor ficar só-zinho!
4. Atração pelos objetivos mútuos e complementares: dois jamais andarão juntos, se não houver acordo: acordo, é um coração.
5. Atração intelectual: enquanto os potros estão jovens, vale tudo, mas o sexo cobre multidão de deficiências. Mas quando se chega à maturidade—especialmente quando os dois, ou um deles, trabalha fora—, então, se não houver aquele molho de encontro mental, um dos cônjuges pode entrar nos processos de comparação, e dizer para si mesmo: o que eu estou fazendo aqui, com tanta gente bela e inteligente dando mole, para depois chegar em casa e não poder nem trocar três palavras com ele (a)? Aí, nesses tempo, a afinidade mental será essencial.”


sexta-feira, fevereiro 11, 2005


Por que dizes, ó Jacó, e tu falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao SENHOR, e o meu juízo passa despercebido ao meu Deus? Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento. Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços certamente cairão; Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão. Isaías 40: 27-31

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

E o oscar vai para...

Quem se lembra dos joguinhos do msx, mais especificamente o olimpic games - aquele que a gente ficava apertando o botãozinho pra fazer o carinha correr?!
Era sensacional, não!?
É o tipo de influência de irmão mais velho que eu tenho guardada carinhosamente na minha memória.
Mas o que quero recordar, na verdade, é a trilha sonora do game - a inesquecível musiquinha do filme Carruagens de Fogo, lembra?
Quando eu tinha só dois anos de idade, Carruagens de Fogo foi o grande vencedor do Oscar de 1982, levando 5 prêmios (filme, roteiro original, figurino, edição e trilha sonora) e surpreendendo os favoritos ‘Num Lago Dourado’ e ‘Caçadores da Arca Perdida’.
O filme, baseado em fatos verídicos, se propõe a narrar a dicotomia entre os dois jovens corredores Harold Abrahams e Eric Lidell.
Harold é um judeu ambicioso, que tem o desejo de se tornar o melhor corredor do mundo.
Eric é um cristão, com vocação missionária, que sabia que era o melhor do mundo, mas que não queria mostrar ao mundo que era o mais veloz só pra se gloriar da sua velocidade. Ele queria apenas se utilizar de sua vitória para com isso dar glória a Deus.
O moço já tinha se apresentado para partir como missionário para a China, com sua noiva, mas decidiu postergar sua ida em prol de competir nos jogos olímpicos de Paris, em 1924.
A noiva, doida da vida, passou a pensar que ele estava se tornando muito superficial e começou a cobrar que eles partissem imediatamente para o campo.
É quando Eric, em uma dessas tardes frias nos campos escocêses, se vale de uma resposta que faz juz aos 5 oscars recebidos: “eu sei, Deus me fez pra China e é pra lá que eu vou. Mas ele também me fez veloz! E quando eu corro, eu sinto que Ele tem prazer. Quando eu corro, eu sinto a alegria de Deus em mim.”
Quando Eric é visto em Paris, não é um corredor que demonstra qualquer tipo de dor, pois, aquela não é uma corrida normal para ele.
Não, meus queridos, Eric trilha a pista olímpica em um momento devocional e existencial!!
Todos os outros competidores estão se arrebentando na pista, mas ele simplesmente passa triunfante por qualquer linha de chegada que vê pela frente.

É Isaías 40 tomando cores e som na nossa telinha!
Com lágrimas nos olhos, digo: que seja feita a Sua vontade Pai,
cumpra em mim a missão de ser o que sou...


quarta-feira, fevereiro 09, 2005


Esses chineses têm bom humor!

Chun Jie Hao!!!

O mundo chinês comemora hoje o Ano do Galo em uma das festas populares mais simbólicas e belas do mundo!
Durante estes dias de festa as ruas, lojas, casas e parques estão ornamentados com lanternas vermelhas, flores e fitas coloridas.
Uma coisa que me encanta é a tradição adotada por muitas famílias de colar na porta da casa um papel colorido com o caractere da “felicidade”.
Um detalhe interessante é que ele é colocado de cabeça pra baixo.
Isso porque o verbo “inverter” tem a mesma pronúncia que “chegar” e com esta forma de colocação, significaria algo como “a chegada da felicidade”.
Quando a pessoa chega na casa e lê o caractere invertido, fala: a felicidade está invertida que tem o mesmo som da frase “a felicidade chegou”.
Quanta simbologia, não?
E o galo, de onde vem?
Vem de uma lenda que diz que Buda, à beira da morte, chamou todos os animais ao seu encontro. Contudo, apenas 12 bichos compareceram: o rato, o boi, o tigre, o coelho, o dragão, a serpente, o cavalo, o carneiro, o macaco, o galo, o cachorro e o porco (ou javali) . Como recompensa, cada um deles deu o nome a um ano lunar.
Para os chineses, o Ano-Novo só começa na segunda Lua Nova do ano.
É por isso que só agora que comemoram o ano novo por lá.
As "mães Diná" da China já têm feito diversas previsões temerárias sobre este ano, principalemente porque se interpreta o galo como uma ave de humor variável e de altos e baixos. Dentro disso, lá vão os espertinhos fazendo previsões de que a economia sofrerá sobressaltos e de que haverão conflitos entre China e Japão!
Em matéria de ano novo e previsões futurísticas, dá pra sentir que os orientais e ocidentas são gente da mesma espécie mesmo! Não muda muita coisa!!!
De qualquer forma, gostaria muito de estar lá hoje!

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Idas e vindas

Ontem parti no busão da cometa com destino a São Paulo.
Cheguei na rodoviária do Tietê.
Peguei o metrô sentido Jabaquara.
Desci na Sé.
Fiz baldiação pra Barra Funda.
Parei na Anhangabaú.
Antes, quase saí pela porta errada e fui parar na janela que dava com a rua (não procure entender como foi isso, pois estas coisas absurdas só acontecem com pessoas extremamente atrapalhadas como eu).
Saí na 7 de abril, de onde parti rumo à Rua Don José de Barros, no centrão.
Fiz tudo isso com a naturalidade de quem não conhece absolutamente nada de Sampa.
Me vi em um momento de reencontro com a velha intrepidez de desvendar cidades novas e d
e me sentir segura mesmo em lugares totalmente inseguros.
É incrível como a minha vida sempre se deixou ensinar por algumas viagens.
Creio que Deus gosta de me corrigir pelos comandos do “ir” e “voltar”.
Começou por meados de 2000, quando me sentia totalmente perdida, decepcionada, confusa, sem identidade, sem rumo e sem força para viver.
Achei que a saída estava fora.
Parti para a Escócia, tendando me encontrar no meio daquele povo animado e requintado.
Fiz de tudo para ser considerada como um deles: tentei beber como uma escocêsa, falar com o sotaque de uma escocêsa, pensar como uma escocêsa, ambicionar como uma escocêsa, ter piercings como uma escocêsa, amar como uma escocêsa...
Porém, o fora que me cativou tanto, acabou inevitavelmente me traindo: caí como uma escocêsa, fiquei sem palavras como uma escocêsa, fiquei sem entender como uma escocêsa, me frustrei como uma escocêsa e me desiludi como qualquer uma delas.
Voltei, cansada e ainda pior.
Um pouco mais perdida, decepcionada, confusa, sem identidade, sem rumo e sem força para viver.
Parecia estar nos meus últimos suspiros, quando encontrei o sangue de Cristo como oferta de amor perdoador; como bálsamo de cura da vergonha, da dor e do sofrimento.

Cri e tive paz.
Estava ainda um pouco confusa, mas me apresentei assim mesmo para a missão.
Queria uma maneira de viver a paixão do estar disponível para Deus, com a pretensão de ser sujeito operante do caos a ser mudado.

Achei novamente que a saída estava fora.
Parti para Agudos do sul, pensando que em alguma escola conseguiria reconhecer métodos para estabelecer a vontade de Deus nesse mundo destruído.
Fiz o meu melhor para incorporar estes princípios.
Me revesti das angustias da alma religiosa, fazendo do Caminho como uma conduta, da Verdade como uma doutrina, e da Vida como uma performance. Dentro disso, comecei também a colocar as máscaras dos “projetos”, “regras” e “modos de ser”, de forma que pudessem ser rigorosamente aprovados e legitimados pelo meio religioso.
Porém, o fora desta vez era apenas mais uma forma de acomodar minhas fugas, fazendo com que elas se apresentássem de forma covarde e socialmente aceitáveis.

Me enxerguei na minha humanidade.
Voltei, envergonhada e me sentindo só.
Na dor do fracasso, fui obrigada a crescer e a deixar as coisas de menina.
Finalmente compreendi que o segredo de tudo não está em nenhum lá ou acolá, mas sim aqui mesmo, bem dentro de mim.
Compreendi que o evangelho tem que ser vivido no íntimo, tendo a coragem de agir conforme a fé, sem garantia de que o resultado será agradável, do nosso ponto de vista, pois, muitas vezes, é no fracasso que também se aprende a vontade de Deus.
Reafirmei isso ontem, quando fui para São Paulo.
Voltei sem ser contratada como coordenadora de marketing de uma empresa multinacional do ramo alimentício.
Porém, a paz e o gozo permaneceram do meu lado, fazendo as vezes de uma mulher que, de uma vez por todas, trilha seu caminho na simplicidade da confiança.

Entre idas e vindas.

terça-feira, fevereiro 01, 2005

FALÊNCIA

Hoje li este texto...
Descreve totalmente como me senti neste começo de ano.

A PROPOSTA DE JESUS: A FALÊNCIA COMO ALÍVIO!
Vinde a mim todos os cansados e os sobrecarregados, e eu vos aliviarei, disse Jesus. Ora, a salvação do cansado é Vir, não Ficar. A salvação do cansado é tomar algo, é atender um convite para sair de onde está e encontrar alívio para alma. Mas como posso ir a algum lugar se eu mesmo não tenho forças para me ajudar? Interessante isto. Para nós a salvação do cansado é ficar e descansar. Jesus, no entanto, diz que o cansado tem que VIR.Mas como o cansado andará se está cansado? Não seria muito mais digno de Deus dizer: Todos os cansados fiquem onde estão, que eu vos visitarei?A questão é que Este que oferece o descanso está ao lado, e Seu convite não é um grito distante, mas uma suplica interior: “Vinde a mim...e achareis descanso. Tomem o jugo, e tereis alívio”.Assim, o movimento, o Vir, não para fora, mas para dentro!Todavia, por mais perto que Ele esteja, aquele que precisa da ajuda precisa Vir, tem de se movimentar, necessita escolher e acolher o refúgio. Afinal, quem descansa no refúgio que não quer estar?Refúgio forçado é prisão!“Vinde a mim” é um convite pessoal e propõe um encontro pessoal. “Vinde a mim” equivale a “permaneça em mim, e você terá descanso”.Todavia, nem por causa disso eu devo ficar onde estou. Eu preciso sair de onde estou em mim a fim de encontrá-Lo como alívio para mim, ainda em mim.“Permanecer Nele” é “Vir a Ele”. Portanto, é um permanecer em movimento, andando com Ele, deixando-se levar aos pastos verdejantes e às águas tranqüilas, e que não existem em nenhum éden terreno, mas tão somente em paragens interiores.“Vinde a mim todos...”, diz Jesus. Que coisa mais linda é ouvi-Lo dizer que Seu atendimento é pessoal, visto que só é para todos, porque é para cada um.Ele não pergunta pelo tipo de peso ou de carga que nos oprime, apenas aceita que pode ser qualquer coisa, e que Ele mesmo tratará com total pessoalidade qualquer que seja o jugo de agonias que possam estar afligindo a todos, portanto, a cada um individualmente.Jesus, assim, não classifica angustias, e nem diz que certas agonias são virtuosas e, portanto, passíveis de ajuda, enquanto outras não são.Jesus não age assim. Assim age a religião!Não! Não é para um concurso de agonias que Ele nos convida, nem é para um vestibular de angustias; para então, no fim, alguns serem selecionados para receber o alívio e a ajuda. Pois assim como Ele convida a todos, Ele também convida o tudo de todos, sem discriminação.O critério que seleciona as agonias passiveis de socorro não obedece a qualquer juízo moral, ético ou religioso. Quem pré-seleciona o candidato à ajuda é a Necessidade que faz com que o necessitado perca o senso de auto-critica e de auto-ajuda, e simplesmente diga: “Eu não posso mais”.Assim, o convite é para quem não pode mais, é para quem cansou tanto que já desistiu, e só não desistiu totalmente porque não sabe como morrer.Somente os que não sabem como morrer é que podem atender a tal convite, que num certo sentido só se consuma se eu digo: Morri mesmo que ainda exista!O convite é para quem não sabe nem como morrer. Sim, o convite e é, sobretudo, para esses.“Vinde a mim todos vós”, diz Jesus. E, assim dizendo, Ele espera que “vós”, nós, eu, cada um, por si mesmo, decida aceitar a ajuda, e Venha a Ele. Estranho e fascinante. Eu não agüento mais, mas preciso “Vir a Ele”, o que significa fazer o movimento da rendição, da entrega total de toda auto-confiança. O convite só se efetiva na completa certeza de que em mim mesmo não resta esperança.O alívio só chega para quem já aprendeu que por si mesmo não chega a nenhum alívio por suas próprias pernas.O alívio é apenas para os perdidos na impotência!Maravilhoso e paradoxal!Ele me diz: “Vem”. Mas eu não consigo dar nem mais um passo...Assim, é na impossibilidade de me mover que eu me movo para onde está o refúgio. Eu tenho apenas que dizer que não posso mais, e, no mesmo Instante, paradoxalmente, me movo para Ele, sem ter que sair de lugar nenhum, visto que o lugar sai de mim, pois a opressão é em mim, e o alívio está em mim, mas somente quando em mim mesmo, Venho a Ele.Quando eu desisto, vou a Ele. Então, descubro que o lugar do alívio não é um lugar, nem mesmo pode ser comparado ou medido como a distância de uma estrada a ser percorrida até chegar a Ele, onde está o descanso. Não! É justamente por não poder ir, que chego; e é por não agüentar mais, que recebo o poder que me faz agüentar tudo.“Tomai sobre vós o meu jugo, pois Sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas, pois o jugo é suave, e o meu fardo é leve”, explica Jesus.Ele implora que eu aceite a ajuda Dele. Sim, Ele se mostra manso e humilde, e garante que o peso Dele é leve. Peso leve. Jugo suave. Tudo isto vem da mansidão e da humildade Dele.Aquele que me oferece ajuda é forte em Sua mansidão e humildade em Seu coração. Que coisa linda!Assim, aprendo que meu sacrifico quanto a receber o alívio, é reconhecer que “não agüento mais”, e é “tomar um peso leve e um jugo suave”, que nada mais é que aceitar a mansidão e a humildade de Deus como meu lugar de refugio.Sim, onde mais posso descansar senão na humildade de Deus?Somente um Deus manso e humilde pode aceitar tudo em todos, e a ajudar todos em tudo! No entanto, eu tenho que “Vir”, fazendo o movimento na Permanência Nele, e que só acontece como impossibilidade de ir a qualquer outro “lugar” que não seja Ele.Mas quem agüenta se entregar a um Deus tão manso e humilde? Quem aceita que o socorro implica em falência e desistência? Quem deseja para si trocar seu próprio jugo pelo de Outro, por mais que Este que me convide diga que seu peso não pesa?Para receber o alívio do Deus manso e humilde requer-se do homem um ato de movimento, e a coragem da troca. E pior: demanda desse carente que se declare mais que necessitado. Sim, dele se demanda que declare falência e que se movimente na declaração da impotência, e que seja humilde a fim de aceitar a falência como salvação.Assim, a fim de me ajudar Jesus diz: Venha. E, assim fazendo, Ele me diz que a salvação é Ele, e que o caminho para ela reside na desistência de qualquer outra salvação que não seja um ato de reconhecimento da minha própria impotência e perdição.Em Jesus somente os falidos são aliviados. Quem não chegou a esse ponto...onde já não se tem para onde ir...jamais saberá o significado de receber o alívio, visto que ainda é estivador de sua própria potência, e é ainda vítima de seu estado de não falência assumida.Bem-aventurados os sem força para se mover, pois eles se moverão sem ter que ir a algum lugar, visto que o Lugar-Presença a eles vem. Aliás, implora para ser apenas reconhecido.
Caio